quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Alunos da Unime fazem manifestação contra falta de segurança, e cinco são suspensos pela faculdade



Cinco estudantes da Unime foram suspensos por dez dias, após as manifestações contra a faculdade na última terça-feira (29). Um documento ao qual o Bahia Notícias teve acesso, datado de quarta-feira (30), notifica o presidente do Diretório Acadêmico do curso de Direito, Victor Quilici, sobre a abertura de uma sindicância para apuração de condutas que constituem "descumprimento das regras contidas no Regimento Geral da Faculdade", conforme incisos I, II, III e VI do art. 155. "Suspenderam baseado no artigo do regimento que diz que o aluno não pode macular a imagem da instituição, interna ou externamente, foi o que fizemos quando procuramos as mídias. Nosso direito de manifestação é garantido pela Constituição Federal e o regimento interno da faculdade não pode estar acima", desabafou o estudante de Direito. Segundo contou em entrevista na tarde desta quinta (1º), o diretor da faculdade afirmou que a suspensão é uma medida preventiva, porém o estudante especula que a real intenção é afastar os manifestantes da unidade de ensino durante o Giro de Profissões, que acontece nos dias 08 e 09 de outubro. No evento, a Unime monta estandes dos cursos oferecidos e levam jovens de escolas para conhecer a faculdade. "Nós ameaçamos a instituição, caso não cumprissem nossa pauta de reivindicações, estaríamos no giro com estande do DCE, com título de 'A verdadeira Unime', onde mostraríamos o que os alunos passam", contou Quilici. Com a suspensão, os estudantes estão proibidos de entrar na faculdade, mesmo sendo semana de provas. Um advogado do grupo já entrou com mandado de segurança para reverter a situação. Os estudantes só terão acesso às informações da sindicância após o prazo de suspensão, segundo Quilici. "É uma medida arbitrária, de uma faculdade incompetente e uma coordenadora acadêmica desqualificada, que não estão preparados para administrar pressão e adversidades. A instituição tem por dever educar seus alunos e faz parte a consciência crítica", reclamou o presidente do DA de Direito. Apesar das punições, os estudantes da Unime devem continuar as manifestações contra a má-prestação de serviços na unidade de ensino, inclusive com carro de som. A promessa é de parar os atos apenas quando a Unime suspender a sindicância.

Fonte : Bahia Noticias



Mais de cinco mil alunos de todas as turmas da Faculdade Unime, campos de Lauro de Freitas, protestaram com faixas na frente da faculdade na noite desta terça-feira (29). Segundo João Batista Santos, estudante do curso de direito, entre a extensa pauta de reivindicação está a melhoria na segurança, resolução do Fies - alunos que estão fora do cadastro do benefício por conta da falha da faculdade no envio de documentação que acarretou no bloqueio da matrícula dos alunos que participam do programa.

Outra queixa é a superlotação nas salas de aula, através de junções de classes, em todos os cursos. "Nossa sala de junção do curso de direito, por exemplo, chega a 130 pessoas em média", disse João.

Segundo o aluno, o problema acontece por conta dos ainda não matriculados em decorrência das falhas no cadastro no Fies. “A demissão em massa dos professores também contribuiu para a junção de salas", explicou o estudante.

Por não ter professores suficientes, a demanda de alunos assistem aula com professores contratados especialmente para cobrar tais aulas por fora.

A aluna do 8º semestre de Serviço Social, Iris Mayanne, 20 anos, reclama que o curso ainda não foi reconhecido pelo MEC. "Muitos terão atraso na formação pelo fato da Unime não ter conseguido no prazo o campo de estágio para os alunos", informou.

A faculdade fez dois aumentos neste ano de 2015. Segundo Iris o aumento não é legal. Os alunos reclamam de ter que assistir aulas virtuais, uma vez que todas, que deveriam ser semivirtuais.

Segundo João Batista, o curso de direito realizou três reuniões com a coordenação, além do diretório acadêmico. Sem sucesso, eles entraram com representação no Ministério Público, com cópia para OAB, e anexo um baixo assinado.

Ainda segundo os alunos, nesta segunda-feira (28), o Ministério Público acionou o grupo que controla instituição.

Em nota ao Bocão News a Unime disse que já “está em contato direto com seus alunos para sanar dúvidas e encontrar uma solução em conjunto aos questionamentos”.

Leia nota na íntegra:

Atenta às solicitações da comunidade acadêmica, a Unime está em contato direto com seus alunos para sanar dúvidas e encontrar uma solução em conjunto aos questionamentos. A instituição trabalha assiduamente para construir um ambiente de estudos adequado, com qualidade de ensino que atenda a demanda de cada curso, disponibilizando uma série de recursos tecnológicos para melhoria de aprendizagem, como acesso a laboratórios e bibliotecas de ponta, que corroboram a vivência universitária. A Unime ressalta, ainda, que realiza estudos continuamente sobre a infraestrutura de seus _campi_ a fim de promover a melhor experiência acadêmica possível. comprometida com a transparência das informações, a instituição permanece à disposição para qualquer esclarecimento adicional.


Bocão News

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