domingo, 18 de outubro de 2015

Jurados do FIT 2014 cobram cachês atrasados




O Festival Ipitanga de Teatro (FIT- Bahia) não vem trazendo boas recordações para o júri que trabalhou no evento, em dezembro de 2014. Prestes a completar um ano de trabalho realizado, a diretora de TV e fonoaudióloga Ana Ribeiro, o diretor teatral Luís Bandeira, e o ator e dramaturgo, Heraldo Souza, acusam o produtor Duzinho Nery de não pagar o cachê de R$ 1.600 a cada um deles.

"O combinado era que em um mês, no máximo dois, nós receberíamos pelo trabalho", afirma Ana Ribeiro, que relatou ter enfrentado problemas de saúde na família e sentir falta da verba. "A vida das pessoas acaba sendo desrespeitada", lamentou em conversa com o Bocão News.

Já Luís Bandeira ressalta a falta de satisfação do organizador do FIT Bahia. "Desde o início do ano, a gente vem sendo tratado dessa forma e ele não dá satisfação, precisamos ficar cobrando", conta.  "Os atores de fora já receberam e parece que existe alguma distinção. Fiquei quase uma semana à disposição do evento, tive de pagar a gasolina do meu carro, parar meus projetos e sou tratado desta forma", diz Luís, inconformado.

Ana e Luís afirmam que o produtor justifica, através de conversa em um aplicativo de celular, que irá pagar e alega depender do repasse da Prefeitura de Lauro de Freitas. 


No entanto, a justificativa de Nery foi negada pela Secretaria de Cultura. De acordo com o coordenador executivo da pasta, Juraci Alves, "esta verba não é de responsabilidade do Município. O FIT é produzido por ele (Duzinho Nery)". Alves explicou ao site que a participação da gestão se deu apenas na cessão do espaço, como forma de apoio, e que em 2015 o edital prevê participação financeira, porém, caso haja interesse de alguma empresa privada em arcar com o ônus. 

Apesar das informações prestadas por Juraci, o FIT 2014, buscou apoio do Conselho Municipal de Cultura(CMC), através do Fundo Municipal de Cultural(FMC), sendo aprovado pelo Conselho o valor de R$ 30.000,00 (trinta mim reais), na modalidade de cotas de patrocínio, que deveria ser repassado pela Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas. Além dos jurados, outros fornecedores alegam não terem recebido pelos serviços prestados ao evento, como é o caso da empresa Dinho Som, que instalou os equipamentos de som.

O FIT é realizado desde 2006, com o objetivo de "promover a cultura, valorizando e estimulando o surgimento e a manutenção de grupos de teatro de todo país", conforme consta no site do evento. 

Em contato com o Bocão News, na noite desta sexta-feira (16), o produtor cultural Duzinho Nery, acusado de dar calote em jurados do Festival Ipitanga de Teatro (FIT), reconheceu a existência da dívida e alegou que o não pagamento ocorreu por problemas de repasse de empresas parceiras. “A gente está apenas aguardando o repasse. Em termos de calote, eles não têm razão. Tive prejuízo de patrocínio, mas estou quitando aos poucos”, defendeu-se.

Nery contrariou as afirmações de jurados dadas à reportagem sobre a falta de explicações quanto ao atraso dos pagamentos relativos ao evento realizado em dezembro de 2014, em Lauro de Freitas. “Não deixei de dar satisfações a ninguém. A dívida, de fato, existe, mas sou uma pessoa honrada em minha cidade. A previsão é de pagar ainda na próxima semana”, planejou.

De acordo com o produtor, a dívida é de R$ 4,8 mil, sendo R$ 1,6 mil para cada um dos três jurados. “Entendo perfeitamente a situação, mas esse calote não existe. Os pagamentos serão realizados”, prometeu. 

Fonte: Bocão News


Nenhum comentário:

Postar um comentário