quarta-feira, 9 de maio de 2018

Piscinões do Ipitanga saem do papel para amortecer enchentes





 
 
O governador Rui Costa assinou em abril a ordem de serviço para início da obra dos seis piscinões que devem reduzir as enchentes e alagamentos nos períodos de chuva em Lauro de Freitas. O projeto foi revelado em primeira mão pela Vilas Magazine em 2013 e anunciado no ano passado pela prefeita Moema Gramacho (PT).

O investimento é de R$ 169 milhões, entre projeto executivo e obras físicas, que incluem a recuperação de nove canais de macrodrenagem ao longo de cerca de 14 quilômetros e a construção de seis reservatórios de amortecimento – os piscinões – que serão usados como parques urbanos em tempo de estiagem. A capacidade de escoamento do rio Ipitanga também será ampliada. O projeto não prevê intervenções no leito do rio Joanes.

Os piscinões são uma solução de combate a enchentes aplicada no país desde os anos 90. A função da estrutura é armazenar temporariamente um eventual excesso de águas pluviais, evitando o transbordamento de cursos d’água (veja gráfico na página ao lado).

Todo o trecho do rio Ipitanga entre a segunda ponte da Estrada do Coco e o rio Joanes deverá ter a calha ampliada pelo desassoreamento do leito. Grandes bueiros de 2,2m serão implantados na altura do Km 3,5 – onde será construída a estação do metrô Lauro de Freitas. Seis canais de macrodrenagem serão construídos ou ampliados incluindo o Caji da Urbis, Jardim dos Pássaros e Santa Júlia, Jaraguá e Horto, Lagoa dos Patos e Fazendão.

Apesar de beneficiar principalmente Lauro de Freitas, onde o Ipitanga transborda e de acordo com os dados do edital de pré-qualificação da Conder, um dos parques estará no Centro de Lauro de Freitas, três no limite com Salvador e outros dois logo após a represa Ipitanga 1, em Cassange e São Cristóvão.

Um dos maiores parques previstos no projeto inicial seria o Rosa dos Ventos, que ocupará a área em frente à cabeceira da pista do aeroporto internacional, na Estrada do Coco, ao longo de um trecho de 450 metros do Ipitanga e que receberá o terceiro piscinão dos seis que serão construídos.

O primeiro será no futuro Parque Sítio das Palmeiras, em Cassange, Salvador, nas imediações da avenida Aliomar Baleeiro. O segundo será construído no Parque Beira Rio, no bairro do Parque São Cristóvão, 700m a jusante do reservatório anterior.

Já em Lauro de Freitas, o quarto piscinãoestará situado no Parque Alameda dos Ingazeiros, que incluirá a maior parte da área entre a via alternativa e a avenida Dois de Julho, início da futura via expressa para a praia de Ipitanga.

O Alameda dos Ingazeiros começa 2,5 Km depois do Rosa dos Ventos e segue até a parte de trás do ginásio municipal de esportes e Restaurante Popular. É nessa área que a prefeitura pretendia construir o Centro Administrativo de Lauro de Freitas, um prédio que abrigaria o Executivo e o Legislativo.

Embora a maior parte do trecho esteja efetivamente incorporado a Lauro de Freitas, ainda é formalmente território de Salvador, assim como o Parque da Mata, ao longo de um trecho do rio Itinga, a cerca de 1,8 km a montante do Ipitanga. Ali seria construído o quinto piscinão.

O sexto e último ocupará uma grande área das margens do rio Caji-Picuaia, a cerca de 1 Km a montante do Ipitanga, entre Vida Nova e o Caji-Caixa d’Água. Virá a ser o Parque das Águas.



Fonte: Vilas Magazine

Um comentário:

  1. E essas famílias que moram em torno de toda essa obra ,o que acontecerá com elas? Como será a indenização de quem se opor a essa situação ,caso seja sugerido uma relovrelo?

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