quarta-feira, 3 de maio de 2023

Saiba como proceder ao encontrar animais silvestres feridos ou fora de seu habitat natural

 

Centro de Triagem de Animais Silvestres do IBAMA em Salvador na Bahia - CETAS/SA


O Centro Estadual de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) de Salvador, localizado em Pituaçu, gerido pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), se tornou um centro de referência no recebimento, triagem, reabilitação e soltura de animais silvestres.

Para facilitar, o CETAS Estadual disponibiliza desde  2021, um número de WhatsApp que tem sido fundamental nas demandas de resgate de animais silvestres e na entrega voluntária destes. Um trabalho de atendimento coletivo que envolve todo o corpo técnico do Inema, distribuídos pelas Unidades Regionais do estado.

O cidadão que encontrar animais silvestres e/ou exóticos feridos, vítimas de maus tratos, em cativeiro e posse ilegal, pode solicitar o resgate ou realizar a entrega voluntária aos CETAS Estaduais do Inema através do Disque Resgate (71) 99661-3998 (WhatsApp) ou via telefone fixo (71) 3231-5960.

“O atendimento via WhatsApp tem sido extremamente importante hoje para a gestão da fauna no estado. Recebemos inúmeras mensagens, desde solicitação de resgate a relatos de maus-tratos da sociedade e, também, sugestões de manejos da fauna local para outro habitat devido à melhor adaptação da espécie. E isso acontece frequentemente, mas em várias regiões do estado. A depender dos locais de origem do cidadão que entra em contato conosco, a gente sempre tem uma equipe pronta para realizar o trabalho de contenção, resgate e destinação do animal ao CETAS Estadual mais próximo”, explica o coordenador de fauna do Inema, Vinícius Dantas.


“Os animais que chegam ao CETAS passam por uma triagem que vai identificar a integridade física e atestar a saúde, necessitando apenas de reabilitação”, explica Haeliton Cerqueira, técnico e biólogo do Centro de Triagem de Pituaçu. Ele continua dizendo que “após essa avaliação clínica, é feita também uma avaliação do comportamento selvagem e só então destinamos ele para o viveiro, que é um recinto adaptado ao comportamento natural da espécie, ou, apresentando necessidade clínica, é encaminhado para ala de internamento, onde ele será tratado pela equipe de veterinários, observado e estimulado até estar pronto para ser reintroduzido na natureza”.


Um dos técnicos à frente das ações de soltura e resgate desde o início das atividades do CETAS Pituaçu, Haeliton destaca a conscientização da sociedade como grande aliada. “É evidente a necessidade da gestão da fauna no nosso Estado. No contato com a sociedade, através dos atendimentos de resgate e entrega voluntária, é perceptível a sensibilização e conscientização dos envolvidos, no interesse da saúde e bem-estar dos animais que sofrem constantemente com a perda de habitat, maus-tratos e tráfico”, explica o biólogo.


No entanto, “apesar dos muitos que se identificam com a causa ambiental, ainda existe uma  grande parcela da população que, por falta de conhecimento e preconceito, acaba atacando os animais, ferindo-os e matando-os a fim de se protegerem em situação de medo ensinado. E este tem sido o nosso desafio ao longo desse período, promover a educação ambiental da comunidade referente ao comportamento da espécie e a devida cautela ao se aproximar para realizar a contenção sem treinamento prévio, ações essas que são intensificadas nas redes sociais do órgão e durante o recebimento e resgate do animal”, complementa Haeliton.

Fonte: Inema BA

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