domingo, 18 de outubro de 2015

Suspeito de executar cobrador da Coopelotação ficou de ser ouvido na Delegacia de Itinga

Robson foi  morto com cinco tiros dentro do microônibus em que trabalhava como cobrador



A morte do cobrador Robson Santos Oliveira, 23 anos, na noite desta quarta-feira (14), foi motivada por ciúmes, segundo familiares.

Ele foi morto com cinco tiros dentro do micro-ônibus que trabalhava, no bairro de Itinga, em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador, por volta das 19h. De acordo com um familiar, o suspeito acusou o rodoviário de ter um caso com a mulher dele.

O caso está sendo investigado como latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte, pela delegada Elaine Laranjeiras. Segundo ela, um suspeito de cometer o crime foi encaminhado à delegacia e prestaria depoimento até o final do dia, nessa quinta-feira(15-10). Conforme a delegada, de antemão, ele alegava ter um álibi. A companheira do suspeito e uma testemunha do caso também seriam ouvidas no mesmo dia.

Não há novas informações sobre o caso, ou se de fato houve a oitiva do suspeito, de sua companheira e testemunha, e o motorista do coletivo, que não teve o nome divulgado, ainda não tinha sido  ouvido pela polícia.


O caso

Segundo o presidente da Cooperlotação, Domingos Júnior, o crime aconteceu dentro do coletivo que fazia a linha Itinga-Praia do Flamengo. O suspeito entrou no veículo na Praia do Flamengo, mas só fez a abordagem quando chegou no final de linha do Parque São Paulo.


Ainda de acordo com Domingos, havia poucos passageiros dentro do micro-ônibus, que foram obrigados a descer. O motorista e o cobrador estavam sentados na parte da frente. "Ele [suspeito] disse: 'você estava mexendo com minha mulher', mandou abaixar a cabeça e atirou no cobrador", disse Domingos.


Segundo um familiar da vítima, antes de ser morto, Robson tentou argumentar que não sabia que a mulher tinha um companheiro e que ele acreditava que ela fosse solteira, mas não adiantou. A vítima foi obrigada a se debruçar no painel, junto com o motorista, e foi executada com cinco tiros. Nenhum disparo atingiu o condutor.

“Parece que ele (Robson) estava namorando com ela há pouco tempo, e não sabia que ela tinha envolvimento com nada, nem ninguém”, contou o parente. Ainda de acordo com ele, Robson não tinha envolvimento com o tráfico de drogas. “Era uma pessoa do bem. Só se importava com o trabalho”, disse.

Antes de fugir a pé, o suspeito roubou R$ 800 coletado durante as viagens e os celulares dos rodoviários. O motorista do micro-ônibus, que não tinha câmera de segurança, chegou a socorrer o colega para o Hospital Geral Menandro de Faria, em Lauro de Freitas, mas ele já chegou morto na emergência. O corpo de Robson foi enterrado em Gandu, no Sul do estado, onde nasceu. 


Fonte: Correio da Bahia

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