Robson foi morto com cinco tiros dentro do microônibus em que trabalhava como cobrador
A morte do cobrador Robson Santos Oliveira, 23 anos, na noite desta quarta-feira (14), foi motivada por ciúmes, segundo familiares.
Ele foi morto com cinco tiros dentro do micro-ônibus que trabalhava, no bairro de Itinga, em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador, por volta das 19h. De acordo com um familiar, o suspeito acusou o rodoviário de ter um caso com a mulher dele.
O caso está sendo investigado como latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte, pela delegada Elaine Laranjeiras. Segundo ela, um suspeito de cometer o crime foi encaminhado à delegacia e prestaria depoimento até o final do dia, nessa quinta-feira(15-10). Conforme a delegada, de antemão, ele alegava ter um álibi. A companheira do suspeito e uma testemunha do caso também seriam ouvidas no mesmo dia.
Não há novas informações sobre o caso, ou se de fato houve a oitiva do suspeito, de sua companheira e testemunha, e o motorista do coletivo, que não teve o nome divulgado, ainda não tinha sido ouvido pela polícia.
O caso
Segundo o presidente da Cooperlotação, Domingos Júnior, o crime aconteceu dentro do coletivo que fazia a linha Itinga-Praia do Flamengo. O suspeito entrou no veículo na Praia do Flamengo, mas só fez a abordagem quando chegou no final de linha do Parque São Paulo.
Ainda de acordo com Domingos, havia poucos passageiros dentro do micro-ônibus, que foram obrigados a descer. O motorista e o cobrador estavam sentados na parte da frente. "Ele [suspeito] disse: 'você estava mexendo com minha mulher', mandou abaixar a cabeça e atirou no cobrador", disse Domingos.
Segundo um familiar da vítima, antes de ser morto, Robson tentou argumentar que não sabia que a mulher tinha um companheiro e que ele acreditava que ela fosse solteira, mas não adiantou. A vítima foi obrigada a se debruçar no painel, junto com o motorista, e foi executada com cinco tiros. Nenhum disparo atingiu o condutor.
“Parece que ele (Robson) estava namorando com ela há pouco tempo, e não sabia que ela tinha envolvimento com nada, nem ninguém”, contou o parente. Ainda de acordo com ele, Robson não tinha envolvimento com o tráfico de drogas. “Era uma pessoa do bem. Só se importava com o trabalho”, disse.
Antes de fugir a pé, o suspeito roubou R$ 800 coletado durante as viagens e os celulares dos rodoviários. O motorista do micro-ônibus, que não tinha câmera de segurança, chegou a socorrer o colega para o Hospital Geral Menandro de Faria, em Lauro de Freitas, mas ele já chegou morto na emergência. O corpo de Robson foi enterrado em Gandu, no Sul do estado, onde nasceu.
Fonte: Correio da Bahia
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