Luís Antônio Torres, pai de Thaís, lamenta a perda da filha
“Essa agonia, essa dor, nunca vai passar. Ele tirou parte de mim”, desabafou, na manhã desta quinta-feira (4), o funcionário público Luís Antônio Torres, 57 anos, pai de Thaís Nunes Torres, 31, morta no domingo em um acidente em Lauro de Freitas. Thaís dirigia o Fiat Punto que foi atingido de frente pelo Nissan Tiida, conduzido pelo soldado da Polícia Militar Márcio Santos Conceição, 40. Luís foi à 23ª Delegacia acompanhar o genro, André Reis de Oliveira, 32, um dos sobreviventes do acidente e que prestou depoimento.
No dia em que Thaís morreu, ele tinha acabado de chegar do trabalho e não encontrou em casa a filha e a mulher. Thais morava numa casa vizinha à dos pais.
“Liguei para ela e minha esposa, mas os dois celulares estavam desligados. Foi quando um vizinho me chamou e disse que houve um acidente com ela, meu genro e meu neto”, disse Luís, visivelmente abatido.
O pai de Thaís foi às pressas para o local do acidente, na Avenida Dois de Julho, que fica atrás do Hospital Aeroporto. “Quando cheguei lá, vi muitas luzes, minha esposa chorando e segurando meu neto. Então fui ver a minha filha e ela já estava morta dentro da ambulância do Samu”, contou.
Em um determinado momento, o funcionário público recordou a rotina com a filha. “Ela tomava banho, deixava o filho com a minha esposa, me dava um beijo e ia trabalhar. Essas coisas não vão acontecer mais”, lamentou.
Thaís era a do meio entre três filhos de Luís. “Perdi meus braços e minhas pernas. Estava comigo para tudo. Eu não sei o que vai ser da minha vida”, disse.
A filha de Luís Antônio Torres, 57, morreu num acidente de trânsito no último domingo(31/01); ele acompanhou o genro, que prestou depoimento na 23ª Delegacia (Lauro de Freitas).
Fonte: Correio da Bahia
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