terça-feira, 17 de outubro de 2017

Prefeita de Lauro de Freitas apresenta relatório que mostra serviços públicos prestados pela gestão na área que Salvador pretende incorporar ao seu território



A prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, apresentou, durante a reunião nesta segunda-feira (16) na Comissão de Assuntos Territoriais e Emancipação da ALBA, o levantamento detalhado de todos os equipamentos públicos administrados pela gestão nas áreas que são alvo de litígio entre Lauro de Freitas e Salvador. A reunião técnica contou com a presença de vereadores das duas cidades e de técnicos da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), além dos deputados Bira Coroa, Mirela Macedo e Zó, membros da Comissão.

Na brochura de mais de duzentas páginas, a gestora catalogou através de fotos e dados, as escolas, creches, pronto atendimento, postos de saúde, Centros de Referências de Assistência Social (Cras), limpeza e coleta urbana, cobertura dos agentes de saúde e endemias, além de pavimentação asfáltica que beneficia atualmente cerca de 20 mil pessoas que vivem nas zonas de disputa." Não estamos reivindicando nada de Salvador, queremos legalizar o que é administrado por nós e pôr fim neste assunto. Para isso estamos abertos ao diálogo", salientou Moema.

Durante a reunião, os técnicos da SEI apresentaram o relatório com a conclusão das visitas aos bairros. De acordo com o documento, Areia Branca, Capelão, e parte de Itinga foram identificadas como território de Lauro de Freitas. "Nós fomos de casa em casa ouvindo a população para perceber o sentimento de pertencimento de quem vive nestes bairros. Também usamos como critério de avaliação a presença da atuação administrativa", pontuou assistente técnica da SEI, Rita Pimentel.

Ainda de acordo com o levantamento da SEI, as áreas de Marissol, Quinta Portuguesa e Barro Duro estariam sob domínio de Salvador, versão contestada por Moema. De acordo com a prefeita de Lauro de Freitas, no entorno destes bairros existem mais de 35 equipamentos públicos geridos por sua gestão. "Concordamos parcialmente com a SEI, mas não abriremos mão de discutir trechos relacionados às áreas que são historicamente administrados por Lauro, como a entrada da cidade, Itinga na altura do Parque São Paulo e Quinta Portuguesa", salientou.

Na pequena sala e corredores da ALBA, presença marcante de lideranças das áreas em disputa reafirmando o pertencimento a Lauro de Freitas. Para a líder comunitária e moradora de Areia Branca, Diva Santos, o saldo da reunião foi positivo. "A área de expansão e crescimento de Lauro de Freitas é Areia Branca e sabemos que o intuito da administração de Salvador não é ajudar ao povo, mas a si próprio", afirmou. Já a moradora de Itinga Silvana Santos disse estar representada com a liderança de Moema frente ao assunto. "Em Lauro de Freitas não existe divisão e a prefeita conduz o processo com maestria e firmeza. Estou otimista que nosso povo sairá vitorioso desse embate. Nenhum território a menos", frisou.

Uma nova reunião foi agendada para a próxima semana. Moema requereu ao presidente da Câmara de Salvador, Leo Prates, a presença do prefeito de Salvador nas discussões. Neste próximo encontro também deverão ser apresentadas as devolutivas da arguição de Lauro de Freitas assinadas pelo gestor da capital.

O presidente da Comissão, deputado Zó, salientou a necessidade de dar celeridade ao processo diante da proximidade com o pleito eleitoral de 2018 que impossibilitará as votações na Alba após o mês de abril. "Avançamos hoje e o quanto antes resolvermos será melhor para findar este impasse", finalizou.




Fonte: ASCOM PMLF

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